sábado, 31 de janeiro de 2009

Rosto de múmia de Tutancâmon é revelado no Egito


Uma notícia que eu ainda não sabia...

Faraó tinha nariz chato, os dentes pronunciados e a cabeça redonda.
Múmia foi transferida para urna transparente.

A múmia do faraó Tutancâmon foi tirada de seu sarcófago e revelada ao público pela primera vez na história 04/11/2007 na cidade de Luxor, no Egito.
A partir de agora, a múmia ficará em uma urna transparente, protegida da poeira, da umidade e com controle de temperatura.
"Com a colocação da múmia na urna, mandamos o rei dourado à vida eterna", disse Zahi Hawass, secretário-geral do Conselho Supremo de Antigüidades egípcio e patrocinador deste projeto.
A múmia do "faraó-menino" tem o nariz chato, os dentes pronunciados e a cabeça redonda, segundo puderam constatar a mídia internacional reunida para assistir à transferência histórica. No domingo (04/11/2007) marca o aniversário de 85 anos da descoberta da múmia pelo arqueólogo britânico Howard Carter.
Várias televisões gravaram o momento da transferência e um telão situado fora da câmara mortuária mostrou as imagens. A cerimônia foi reservada à imprensa.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Ser Igual é Legal




Nos dias de hoje ser diferente é ser o máximo.
Nossa sociedade cada vez mais impõem a competição entre as pessoas...
Será que isso é o certo?
Para você ser bem sucedido em algo, precisa muitas vezes se mostrar "diferente" dos demais, e não importa se você precisa pisar ou passar por cima de alguém... Tudo justifica-se nas frases "O mundo é dos vivos" e "O mundo é dos mais espertos".
Saudade do tempo em que as pessoas eram amigas de verdade. Quando gostavam de nós pelo que somos e não pelo que temos...
Até mesmo vejo nas religiões a competição... O que era para unir as pessoas, as afasta cada dia mais...
Estou longe de ser perfeito, cometo muitos erros...
Mas, queria falar um pouco sobre isso hoje...
Espero realmente que as pessoas acordem e vejam o que vai acontecer no futuro se continuarmos a agir desta forma...
Espero que com o tempo elas "acordem" e sigam, que seja pelo menos um pouco, o exemplo de Jesus...
Alguns que não possuem fé Nele, dizem que era uma pessoa comum que apenas teve sorte. Que seja isso, mas que deixou um belo exemplo a se seguir, isso ninguém pode julgar...
Escrevo aqui também a letra de uma música simples e linda que eu gosto muito...

"Ser Igual é Legal"

Às vezes é bom ser morno
Às vezes é bom ser médio
Por vezes só no contorno
Por vezes só pra remédio

Ter tudo é Ter tão pouco
É louco pra cachorro
Às vezes quase morro
De tanto querer viver

Gente não precisa ser
Sempre original
Ser igual é legal

Que é o tao do amor
Que é o tao do melhor
Que importância isso tem
Você é Deus também

A existência é sábia
Então faça-se o fácil
Pra quer ser complicado
Ser simples é tão bom

Meio é melhor que inteiro
Último nem primeiro
Se é tão bom assim
Pra que chegar ao fim

E ser o supra-sumo
O rei do universo
Pra que ser tão bacana
Tão intelectual

Download da música: http://www.megaupload.com/pt/?d=EAB5FIKE

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Madonna de papel



Muito criativo!!!
Bonecas de papel da Madonna para imprimir e montar!!!
Clique nas imagens abaixo e salve no seu computador!!!
Ai é só imprimir e se divertir!!!

Madonna Hung Up



Madonna Vogue 1991



Madonna Old School



Créditos: http://kyliepaperdoll.blogspot.com/search/label/Madonna

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quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Grupo Japonês Zard


Hoje pela manhã estava procurando uma música para escutar no meu Ipod...
Resolvi escutar um pouco de "Zard", o grupo japonês que eu mais amo. Foi o primeiro que escutei assim que cheguei no Japão e me apaixonei...
Lembrei-me da história sobre a morte da vocalista do grupo, Izumi Sakai ano passado...
As manchetes disseram que foi acidente, mas antes da causa da morte ser anunciada, muitos diziam que tinha sido suicídio.
Isso porque ela estava voltando ao hospital devido seu cancêr de mama ter se espalhado para os pulmões. Dizem que ela desistiu...
Não se sabe a verdade, mas ela viverá através de suas músicas para sempre...
Em seu velório/enterro, houve o maior número de pessoas já registrado no Japão...

Um pouco da história de Izumi Sakai...

Izumi Sakai, nascida Sachiko Kamachi, faleceu no dia 27 de maio de 2007 às 15h, após sofrer acidente no Hospital Universitário de Keio, aonde estava internada desde abril deste ano para tratar um câncer uterino. Ela operou o tumor em junho do ano passado, mas voltou ao hospital após descobrir que o câncer se espalhava pelos pulmões. De acordo com a sua agência, o tratamento estava surtindo efeito.
Sakai caiu 3 metros de uma escada enquanto fazia sua caminhada. A escada estava escorregadia devido à chuva e a queda lhe deu severas lesões na cabeça. Foi encontrada caída no Sábado às 5 horas da manhã e sua morte foi confirmada no dia seguinte.
Sachiko Kamachi começou a carreira artística como modelo e foi considerada uma das mulheres mais bonitas do Japão. Porém, seu talento na música só foi descoberto em 1991 na banda ZARD, composta originalmente por 5 membros, na qual Sachiko (agora Izumi Sakai) era a vocalista. O debut foi com o single "Good-bye my loneliness".
De banda a projeto solo, ZARD é um dos grandes nomes da música contemporânea japonesa, com algumas das maiores vendas. O talento de Sakai como cantora e compositora é reconhecido por toda a indústria fonográfica do Japão e muitos artistas de renome, como WANDS, já exploraram essas habilidades.
De acordo com a NHK, ZARD iria lançar um álbum novo no Outono e planejava um Tour, após 3 anos fora dos palcos.

"Esperamos que Izumi Sakai, com todas as suas canções, permaneça na memória dos seus fãs." - disse um spokesman da agência.

Um anúncio no WEZARDS:

Para todos os fãs de ZARD,

Nossa artista, vocalista e compositora de ZARD, Izumi Sakai, devido a um acidente causando lesões no cérebro, caiu em sono eterno Às 15:10 no dia 27 de maio.
A senhorita Sakai confirmou um câncer uterino em junho do ano passado e foi admitida e liberada de um hospital em Tóquio várias vezes, combatendo a doença. Graças a uma operação de extração, ela melhorou uma vez. Mas após a confirmação da migração do câncer aos pulmões, ela foi readmitida no hospital em abril, tendo sido curada pelos médicos e outros. Recentemente, para ajudar a cura, ela sempre fazia caminhadas diárias no hospital. Na manhã de 26 de maio, enquanto voltava ao seu quarto passando as escadas (a aproximadamente 3 metros de altura), ela caiu devido ao chão escorregadio da chuva do dia anterior. Ela teve uma lesão grave na cabeça. Esta foi a causa de morte.
Obrigado pelo seu apoio ao ZARD até agora. Nós esperamos que as músicas de ZARD consigam viver para sempre nos corações de todos nós.
28 de maio de 2007
Staff


Nome: Izumi Sakai
Nome verdadeiro: Sachiko Kamachi
Data de Nascimento: 6/02/1969
Lugar de Nascimento: Kurume, Kyushu, Japan
Altura: 1,65
Tipo Sanguineo: A
O que fazia antes de ser vocalista do ZARD: Modelo
Família: Pais, um irmão mais novo e uma irmã mais nova
O que gosta de fazer: Nadar, ler, observar pessoas, praticar esportes, desenhar, ser fotografada, comprar camisas e sair à noite.
Não gosta: Sashimi, Sapatos de salto alto, casas de estilo ocidental, cola de sapato, pessoas insensíveis, acordar cedo e coisas vermelhas.

Izumi Sakai é a vocalista da banda Zard, ficaram famosos no Brasil com o sucesso de “Dan Dan kokoro hikareteku” abertura de Dragon Ball GT. Mas as músicas da banda já apareceram em muitos outros animes por aqui, por isso não se surpreenda se você reconhecer a voz de Sakai em animes, geralmente as músicas são os temas principais. Ela e mais 4 homens fazem parte da maravilhosa banda ZARD de letras profundas e melodias que variam do pop rock para rock. Para mais informações visitem www.zardnet.com Curiosidades Sobre Izumi Sakai Seu nome verdadeiro é Sachiko Kamachi e começou a carreira como modelo. De 1989 a 1990, ela trabalhou para companias como "Air System", "Sexy Shooting" e "Body works". Ela compõe todas as letras de ZARD (com exceção de quatro) e mostra por que as canções da banda são tão prazerosas. DEEN, Field of View e Wands também receberam composições únicas de Izumi.

Discografia (álbuns):
Good-bye My Loneliness (1991)
Mou Sagasanai (1991)
HOLD ME (1992)
Yureru Omoi (1993)
OH MY LOVE (1994)
forever you (1995)
TODAY IS ANOTHER DAY (1996)
ZARD BLEND -SUN & STONE- (1997)
Eien (1999)
ZARD BEST The Single Collection -Kiseki- (1999)
ZARD BEST -Requested Memorial- (1999)
ZARD Cruising & Live (2000)
Toki no Tsubasa (2001)
ZARD BLEND II -LEAF & SNOW- (2001)
Tomatteita Tokei ga Ima Ugokidasita (2004)
Kimi to no Distance (2005)
Golden Best -15th Anniversary-

Oh My Love - Zard - Letra, tradução e download


Oh My Love (letra)

Yurui sakamichi jitencha oshinagara
Iye made okuttekureta
Anatawa watashini namae yobisuteni shite
Yuugureni hohoende itakedo

(*Chorus)
Hora kansokudo tsukete
Anatawo sukini naru
Oh my love
Mou tomodachino eria ramidashita
Iichoni iru tokino
Jibuunga ichiban suki
Shuumatsu made machikirenai
Sonna munesawagi yureru gogo

Utsumuku yokogawo nanika nayanderuno?
Sono wakewo oshiete
Hajimeteno kissno hi machiwa
Slowmotionni
Koousansuru cracktionde yumega sameta

Hora hashiridashitawa
Anataeno prolong
Oh my love
Muishikini kamiwo nobashi hajimetano
Anatato iru tokino
Sunawona jibumga suki
Watashino sonzai dorekurai?
Hiroi senakani toikakeru natsu

(*Chorus)

Anatato iru tokino
Sunawona jibumga suki
Watashino sonzai dorekurai?
Hiroi senakani toikakeru natsu

Oh My Love (tradução)

Quando empurrava minha bicicleta ladeira acima
Você acompanhou-me até minha casa
Você assobiou e chamou meu nome
Naquele entardecer você sorriu para mim
Olha! Eu fico escondendo
Que estou começando a gostar de você
Oh meu amor
A nossa época de bons amigos já passou
Quando estou junto de você
Você é a pessoa que amo
Não consigo esperar até o fim-de-semana
Tenho um mau presentimento que oscila durante a tarde
Você olha para o lado e fica cabisbaixa por que alguma coisa a faz sofrer?
Conte-me sobre esse assunto
Aquele dia começamos a nos beijar
A cidade movimenta-se lentamente
Acordei do meu sonho quando no cruzamento ouvi a buzina dos automóveis
Veja! Você começou a correr
Conforme sua programação
Oh, meu amor
Involuntariamente, comecei a jogar papéis para o alto
Quando estou junto de você
Você gosta de mim por ser uma pessoa simples
Até que ponto minha presença é importante?
Quero apoiar-me em suas costas durante o verão
Olha! Eu fico escondendo
Que estou começando a gostar de você
Oh, meu amor
A nossa época de bons amigos já passou
Quando estou junto de você
Você é a pessoa que amo
Não consigo esperar até o fim-de-semana
Tenho um mau presentimento que oscila durante a tarde
Quando estou junto de você
Até que ponto minha presença é importante?
Quero apoiar-me em suas costas durante o verão

Download da música: http://www.megaupload.com/?d=XHV3A471

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Eien - Zard - Letra, tradução e download

Eien (letra)

Akai kajitsu wo mitara
Watashi no koto wo omoidashite kudasai
Anata no kesshin ga katamattara
Kira kira to garassu no kakera ni natte
Kono mama kiete shimaimashou
Dare mo shiranai kuni e
Ima no futari no aida ni
Eien wa mieru no ka na
Subete wo te ni ireru koto ga
Ai naraba
Mou ushinau mono nante
Nanimo kowakunai
Kuchi no kikikata mo shiranai
Namaiki na yatsu datto omotta
Guuzen machi de mikaketa kedo
Koe wo kakeyou ka douka mayotta
Mamoru bekki you ga nan na no ka
Kono goro sore ga wakaranaku naru
Kimi to boku to no aida ni
Eien wa mieru no kana
Doko mademo tsuzuku sakamichi
Ano hi kara samishikatta
Souzou ijou ni
Just fallin' of the rain
Kimi to boku to no aida ni
Eien wa mieru no kana
Kono mon wo kuguri nukeru to
Yasurakana sono ude ni
Tadori tsukeru
Mata yume wo miru hi made

Eternidade (Tradução)

Se alguma vez perceber que amadureceu
Eu peço, por favor, que pense em mim
Se manter a sua decisão
Acabara quebrado(a) como fragmentos de cacos de vidro
Dessa forma, vamos desaparecer
Para um país onde ninguém nos conhece

Agora que estamos ao lado um do outro
Será que conseguiremos nos ver na eternidade?
Se tudo que podemos ter em mãos é o amor
Não há mais nada do que rir ou temer

Não conseguia entender o que você dizia
Você achava que era uma pessoa arrogante?
Por coincidência a vejo nas ruas
Eu fico em dúvida em chama-lo(a) ou não
O que é isso que eu preciso proteger?
Nesse momoneto, acabo perdendo a noção do que fazer

Agora que estamos ao lado um do outro
Será que conseguiremos nos ver na eternidade?
Não sei até onde conseguirei seguir este caminho
Desde aquele dia, vivia triste
Imaginando coisas...
Vendo somente o cair da chuva

Agora que estamos ao lado um do outro
Será que conseguiremos nos ver na eternidade?
Quando eu passo através deste portão
Procuro me apoiar em seus braços
Até o dia em que eu sonhar novamente

Download da música: http://www.megaupload.com/?d=AXXLJJOF

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quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Amour Du Chocolat!



Aqui no Japão agora vai ser o "Valentine's Day".
Nesse dia as mulheres dão para os homens chocolates...
No "White Day" é o contrário...
Mas, agora que é o Valentine's Day, o shopping Takashimaya lançou sua própria coleção de chocolates...
Um shopping finíssimo com chocolates finíssimos e caríssimos...
Só nas figuras acima dá pra ver como são diferentes...
Tinha que mostrar pra vocês...
Quem tiver vontade de olhar o catálogo on-line deles é só entrar em:

http://www.jr-takashimaya.co.jp/09amour/index.html

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terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Jean Cocteau


Kanji de Amizade

"A felicidade de um amigo deleita-nos.
Enriquece-nos. Não nos tira nada.
Caso a amizade sofra com isso, é porque não existe".

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Curiosidade: Dividindo o Tempo...

O relógio de sol, o mais antigo objeto usado pelo homem para medir o tempo, funciona observando-se a mudança de posição e comprimento das sombras projetadas pelo Sol nos diferentes períodos do dia. Localizados no Egito, os primeiros relógios, que datam de aproximadamente 3500 a.C., eram compostos apenas por um pilar, chamado gnomon, e podiam mostrar as duas metades do dia (o meio-dia era o momento da menor sombra). Mais tarde, escalas de medidas foram adicionadas em volta da coluna para que os dias pudessem ser divididos em períodos mais curtos. A primeira evidência de divisão do tempo em partes iguais data de 1500 a.C..

domingo, 25 de janeiro de 2009

Sexo na Igreja


Esta matéria é antiga, 2007, mas a achei muito interessante apesar de um pouco longa...

Pecados santos

Por que a instituição que mais prega a castidade e a retidão moral é palco de tantos escândalos sexuais? A porta dos fundos da Igreja está aberta. É hora de entrar

Texto Maurício Horta
Idade: 7, 8, 9, 10. Sexo: masculino. Condição social: pobre. Condições familiares: de preferência, um filho sem pai, sozinho – ou com uma irmã. Onde procurar: nas ruas, escolas, famílias. Como fisgar: aulas de violão, coral, coroinha. Importantíssimo: prender a família do garoto. Possibilidades: garoto carinhoso, carente de pai. Sem moralismo. Atitudes minhas: ver do que o garoto gosta e atendê-lo em cobrança à sua entrega a mim. Como me apresentar: sempre seguro, sério, dominador, pai.
Você acaba de ler o diário de um padre condenado a 15 anos de prisão por abusos sexuais: Tarcísio Tadeu Sprícigo. Em 2000, na cidadezinha de Agudos, São Paulo, ele ensinava música para um garoto de 9 anos. Essa era a fisgada. O pagamento? Favores sexuais, prestados durante um ano. Feitas as primeiras denúncias, em 2001, a Igreja o transferiu para Anápolis, Goiânia. Lá, a história se repetiria com mais duas crianças – uma de 13 anos, outra de 5.
Bizarro. Mas nada incomum. Escândalos assim têm acontecido nos últimos anos, no mundo todo. Só nos EUA, único lugar com estatísticas concretas sobre padres que cometeram abusos sexuais, 4 392 sacerdotes católicos foram denunciados por esse tipo de crime entre 1950 e 2002. Isso dá 4% do total de pessoas que exerceram o sacerdócio no país nesse período. Um número alto, ainda mais tendo-se em mente que menos de 1% da população pode ser classificada como pedófila.
Os casos com crianças são os mais visíveis entre os que envolvem a sexualidade dos padres. Mas não faltam exemplos em outras searas. Há estimativas, veja só, de que metade dos sacerdotes brasileiros tenham amantes. Boa parte deles, homens. E denúncias de que o Vaticano abriga uma grande comunidade gay, com chefões da Igreja fazendo sexo sadomasoquista. Também existem milhares de sacerdotes que largam a batina a cada ano para casar e ter filhos. E os que matam os filhos para não ter de largar a batina. Isso é um pouco do que você vai ver nestas páginas.
O sexo dos anjos
A bomba sobre a sexualidade dos padres estourou lá fora em 2004, com a publicação do Relatório John Jay – um estudo encomendado pela própria Confederação de Bispos Católicos dos EUA à Faculdade de Justiça Criminal John Jay, de Nova York. Foi de lá que saiu o dado sobre a existência de milhares de padres acusados de pedofilia no país. Tudo apurado a partir de acusações feitas às dioceses, não à polícia. A iniciativa de pedir o relatório foi o ponto culminante de um escândalo que tinha começado dois anos antes, quando o então arcebispo de Boston, cardeal Bernard Law, confessou ter protegido um padre que, sabia ele, tinha molestado crianças. Daí para a frente acusações e processos se avolumaram, trazendo à tona casos que tinham acontecido desde a década de 1940.
E agora o assunto volta aos holofotes por aqui. Imagine um dos mais respeitados defensores dos Direitos Humanos no Brasil. Um protetor de moradores de rua, de internos da Febem e de crianças soropositivas, admirado pelos movimentos sociais. Padre Júlio Lancelotti. Na metade de outubro, ele denunciou o ex-interno Anderson Marcos Batista, de 25 anos, e sua mulher, Conceição, de 44, ambos com antecedentes criminais por acusações de furto e tráfico. Em 3 anos, o casal extorquiu do padre R$ 150 mil – ou R$ 600 mil, segundo o próprio Batista. Uma das compras do ex-interno foi uma picape Pajero, em que colou um adesivo – “Deus é fiel”. Para conseguir o dinheiro, o casal fez uma série de ameaças. Uma delas, denunciar à imprensa que Lancelotti teria abusado sexualmente do filho de Conceição, de 8 anos. De vítima, o padre virou acusado.
Foi na Febem que o padre conheceu Batista, então internado por roubo. Lá, diz ter sido abusado pelo padre aos 16 anos. Batista afirma que, depois de liberado, manteve um relacionamento sexual de 8 anos com o padre, em troca de dinheiro.
Não há provas dessas acusações, tampouco o padre apresentou explicações convincentes sobre a origem do dinheiro. E, ao ser indagado sobre o que o levou a pagar Batista por 8 anos, disse que “era para mudá-lo pelo bem, não pela força”.
No fim das contas, a história parece toda mal contada, em ambos os lados. E pode muito bem refazer o trajeto do famoso caso da Escola Base, em São Paulo quando os donos do colégio foram falsamente acusados de violentar seus alunos. Apesar da falta de provas, a imprensa divulgou o caso com estardalhaço. A escola fechou. Aí, depois que o mundo dos acusados já tinha caído, a polícia concluiu que todos eram inocentes. É possível que isso se repita com o padre Júlio. Que ele nunca tenha molestado uma criança. Mas, seja qual for o desfecho dessa história, ela é só mais uma entre tantas acusações de cunho sexual contra sacerdotes da Igreja Católica.
E o problema não é só com eles: tribunais de Justiça dos EUA e da Irlanda já decidiram que a Igreja, como instituição, é tão responsável quanto os padres pelos crimes que eles cometeram. No ano passado, 14,7 mil crianças irlandesas receberam um total de 1,3 bilhão de euros em indenizações por terem sofrido violências sexuais nas mãos de padres. Nos EUA, a arquidiocese de Boston foi condenada em 2002 a pagar US$ 85 milhões a 552 vítimas. Em 2007, a de Los Angeles desembolsou mais ainda: US$ 600 milhões, para 500 pessoas molestadas por sacerdotes. Além disso, escândalos se avolumam até nas altas cúpulas: o cardeal austríaco Hans Hermann Groër, chefe da Igreja de seu país, e o arcebispo George Pell, da Austrália, chegaram a se afastar dos cargos nos últimos anos após acusações de pedofilia.
É evidente, também, que a Igreja Católica não detém o monopólio dos escândalos sexuais. No Sri Lanka, por exemplo, um monge budista se matou após ser condenado a 20 anos por pedofilia. Nos EUA, um rabino de Nova York foi preso em 2006, acusado de molestar crianças.
Mesmo assim, não dá para negar a associação entre padres e abusos sexuais. E a pergunta é óbvia: por que, num ambiente que prega a castidade e a retidão moral, isso acontece tanto?
A motivação
Há várias hipóteses possíveis, nenhuma excludente. Número 1: falta de punição. Os líderes locais da Igreja abafam os casos, deixando os abusadores livres da Justiça comum. Nisso eles ficam soltos para continuar praticando crimes. Dos 4 392 padres acusados no Relatório Jonh Jay, por exemplo, só 14,1% foram denunciados à polícia. O resto das acusações morreu dentro das dioceses, acobertado por líderes como o cardeal Bernard Law. O caso do padre Tarcísio também ilustra isso. Em vez de denunciá-lo à Justiça, seus superiores apenas transferiram-no de paróquia. E ele pôde continuar agindo.
Número 2: o padre é uma figura respeitada no seu círculo social. Um criminoso de batina, então, tem grandes chances de se aproveitar desse poder. É o que fez Hélio Alves de Oliveira. O padre Helinho dirigia um colégio católico em Rio Claro, São Paulo. Em 2004, ele foi condenado a 16 anos de prisão por atentado violento ao pudor. Helinho abusava de 3 meninos que tinham entre 8 e 10 anos. As crianças tendiam a obedecê-lo e ficar em silêncio.
A 3º hipótese é o celibato, uma das mais polêmicas instituições da Igreja. E uma das mais antigas. A origem dela se confunde com a das próprias religiões. Sua função, historicamente, é fazer com que o religioso se desapegue do mundo material. Ela está no hinduísmo, que tem 5 mil anos de história, por exemplo. O budismo, que começou por volta do ano 500 a.C., teve seus primeiros dias como uma ordem de monges que via no celibato uma forma de eliminar o desejo – e, de quebra, o sofrimento com as frustrações.
Na Europa, o celibato existe pelo menos desde a Antiguidade Clássica, seja entre filósofos, como Pitágoras – ele acreditava na falta de sexo como uma forma de alcançar o equilíbrio –, seja entre sacerdotes de cultos arcaicos, como o maniqueísmo e o hermeticismo. E no fim das contas chegou aos cristãos. Em boa parte, por influência de um homem que louvava o celibato, o apóstolo Paulo de Tarso, maior divulgador do cristianismo durante o século 1. No ano 306, o concílio regional de Elvira reformulou as leis da cristandade e decretou que, mesmo casados, padres e bispos deveriam abster-se do sexo. Dezenove anos depois, outro concílio, o de Nicéia, proibiu que padres vivessem com mulheres que não fossem sua mãe, irmã ou tia. Mas o casamento só foi abolido de vez depois que o papa Gregório 7º reforçou a imposição ao celibato, a partir de 1074.
A instituição nunca deixou de ser questionada, claro. Principalmente na Reforma Protestante, dos séculos 16 e 17. Para os reformadores, além de ir contra os ensinamentos bíblicos, o celibato era uma das causas para “abominações e más condutas sexuais” dentro do clero.
Vida sem sexo
Aqui é preciso abrir um parêntese na história da Igreja para ouvir o que a ciência tem a dizer. Você sabe: a idéia do celibato parece totalmente contra a natureza. Para o grosso da população mundial, passar o resto da vida sem sexo não fica atrás de ser condenado à prisão perpétua. Mas e aí? Dá mesmo para viver sem sexo? “Dá, sim”, diz o psicoterapeuta sexual Oswaldo Rodrigues Jr., diretor do Instituto Paulista de Sexualidade. “Se uma pessoa tem um projeto de vida racional que implique celibato, ele é viável. Não atrapalha.”
A estimativa é que 2,5% dos homens e 7,7% das mulheres escolheram o celibato como modo de vida. “E eles fizeram isso porque não sentem necessidade de atividade sexual. São pessoas para quem o sexo não tem apelo. Esse dado precisa ser levado em conta, porque mostra que nem para todos o celibato é um sacrifício”, diz a psiquiatra Carmita Abdo, da USP, coordenadora do Projeto Sexualidade (Prosex), que chegou a esses números.
Por esse raciocínio, o celibato funciona se a grande motivação para ele for o desejo de não fazer sexo. Ok. Mas não é o que acontece na Igreja. Quem vira padre o faz porque quer dedicar sua vida a fazer o bem; porque sente prazer em ajudar; porque quer dar conforto espiritual. A princípio, ninguém parte para o sacerdócio porque não quer transar nunca mais. Mas não há escolha. O celibato na Igreja é uma condição, não uma opção.
Os números falam por si. Se existem 400 mil padres hoje no mundo, também há 150 mil pessoas que largaram a batina para casar. E mais: “No Brasil, cerca de 50% dos sacerdotes teriam amantes. Esta prática de não cumprir o voto de castidade está se espalhando pela Europa e pelos EUA”, disse o teólogo Aldo Natale Terrin, da Universidade Católica de Milão, à rede britânica BBC. E emendou: “As autoridades eclesiásticas erram ao afastar os casados do sacerdócio e manter os que cometem abuso sexual e pedofilia”.
Mas alguns sacerdotes que furam o bloqueio não têm estrutura para encarar as conseqüências. Foi o que aconteceu com o padre mexicano Dagoberto Arriaga. Sua fuga do celibato lhe rendeu um filho. Com medo de ser expulso da Igreja, ele matou a criança em 2005. Acabou condenado a 55 anos de prisão.
Com uma realidade dessas, o Vaticano deve estar mudando a cabeça em relação ao celibato, certo? Errado. No fim de 2006, o cardeal brasileiro dom Cláudio Hummes, considerado progressista dentro da Igreja, foi transferido para Roma, como chefe da Congregação para o Clero no Vaticano. Sua tarefa era cuidar de problemas relacionados ao comportamento de padres. Numa entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, disse que “apesar de o celibato fazer parte da história e da cultura católicas, a Igreja pode reverter essa questão”. Mas estamos em tempos de conservadorismo no Vaticano. Bento 16, lembre-se, prega a castidade não só entre os sacerdotes mas entre os fiéis também. Todo mundo só devia transar para se reproduzir, diz o papa. Baita saia-justa defender o fim do celibato numa situação dessas. Hummes até precisou se retratar ao Vaticano, dizendo que o assunto não está em discussão.
Mas deveria estar. É o que pensa Eliana Massih, psicóloga do Instituto Terapêutico Acolher, uma instituição autônoma que se dedica a aconselhar padres pedófilos: “Quando se propõe a vida celibatária, a idéia é que a falta de sexo seja compensada pela vida comunitária. Mas isso nem sempre acontece”, afirma. E completa: “Há pessoas que têm vocação para o sacerdócio, mas não para o celibato”.
Rodrigues concorda: “O celibato imposto provoca frustração, incômodos, mal-estar. E, conseqüentemente, ansiedade e um estresse crônico”. Certo. Mas existe outro problema. Ainda mais grave.
Em pele de cordeiro
A imposição do celibato e a pedofilia podem andar de mãos dadas. Expliquemos. A idéia de não fazer sexo é um potencial atrativo para gente que quer fugir da própria sexualidade. Essas pessoas são aquelas com “conflitos sexuais”, como dizem os psicólogos. Pode ser um homossexual que acha sua preferência um pecado ou um pedófilo que não compreende seu desejo por crianças, por exemplo. “Esses conflitos podem fazer com que pessoas busquem ordens religiosas onde o celibato é obrigatório para se livrar do mal-estar que sentem”, diz Rodrigues.
Juntar essas contradições internas ao estresse do celibato é uma mistura explosiva. E ajuda a explicar por que existem tantos escândalos de pedofilia na Igreja.
Mas não é o suficiente. Para entendermos melhor o fenômeno, temos de olhar para as circunstâncias em que os abusos contra crianças acontecem.
Os atos de pedofilia não ocorrem na calada da noite, numa rua deserta. Os abusadores precisam ter acesso à intimidade da vítima e à confiança das pessoas em volta. Por isso aparentam ser pessoas sérias – afinal, quem vai confiar o filho a alguém que pareça um... pedófilo? Eles são, em geral, ou do círculo familiar – pai, parentes, vizinhos – ou profissionais insuspeitos, com livre acesso às crianças e posição de responsabilidade. Aí entram professores, instrutores de acampamento, líderes religiosos. Padres.
Em 2005, o governo da Irlanda encomendou um relatório para estudar o abuso de mais de 100 crianças por clérigos da diocese de Ferns, no sudeste do país. Muitos desses homens eram vistos como pessoas espirituais, bem-sucedidos e dedicados à sua paróquia. E é exatamente a imagem de pedófilos como pessoas sinistras que faz os abusos sexuais permanecer indetectáveis por muito tempo.
Como o pedófilo consegue chegar à vítima? Abusar sexualmente não é tão fácil quanto roubar pirulito. Segundo o relatório Ferns, em geral o abuso acontece depois de um longo e bem planejado processo. O agressor sempre cria as circunstâncias propícias, se tornando amigo das famílias com crianças. Para facilitar, ele procura crianças vulneráveis. Em casas assistenciais, por exemplo. E as intimida para obter o silêncio.
Tarcísio, o padre do diário, foi transferido de Agudos, São Paulo, para Anápolis, Goiânia. Lá conheceu um coroinha de 13 anos. Aproveitou a pobreza da família para convidá-lo a morar na paróquia. Um mês depois, passou a assediá-lo, tentar fazer sexo. Um dia, o pré-adolescente chegou bêbado em casa e contou tudo à mãe. Então Sprícigo trocou de vítima: agora um garoto de 5 anos. Novamente, a música como isca: durante aulas de violão, o padre fazia o mesmo que fez com sua vítima de Agudos. Tentou até penetrá-lo, mas não conseguiu por causa dos gritos de dor da criança.
Para se proteger, o padre Tarcísio fazia suas vítimas jurar diante de uma imagem de Jesus Cristo que manteriam segredo. Atração e intimidação. Um dia, a criança chegou em casa dizendo: “Vovó, eu sei fazer amor”. A avó perguntou quem havia ensinado, mas a criança se recusava a contar – “Mamãe vai me bater”, dizia. Quando a avó a convenceu de que não apanharia, contou – “O padre Tarcísio me ensinou”. O sacerdote pressionou para que a família silenciasse. Mas não conseguiu.
Gays e a Igreja
O Relatório John Jay traz um dado intrigante: dos padres pedófilos, 64% abusaram somente de meninos, enquanto 22,6% abusaram somente de meninas. É o inverso do que acontece na população geral, em que mais meninas sofrem abuso. Seria então a porcentagem de homossexuais na Igreja maior do que fora?
Para o psicoterapeuta americano Richard Sipe, sim. Richard é um ex-padre casado com uma ex-freira missionária e que já foi professor, conselheiro e psicoterapeuta de mais de 1 000 clérigos com histórico de envolvimento sexual.
Com base em suas experiências, ele diz que metade dos padres mantém relações sexuais (como disse Aldo Terrin sobre os sacerdotes daqui). E mais: que 30% dos padres têm amantes mulheres; 15%, amantes homens; e cerca de 5% teriam “comportamentos problemáticos” (como a pedofilia) – uma proporção parecida com aquela do Relatório John Jay.
Se Sipe estiver certo, a porcentagem de gays ativos dentro da Igreja chega a ser em média o dobro do total de gays da sociedade brasileira. Segundo a maior pesquisa já feita no Brasil sobre o assunto, o Projeto Sexualidade, de 2004, 7,9% dos homens são homo ou bissexuais. É quase a metade do que Richard observa na Igreja.
A Igreja sabe da existência de padres homossexuais e isso preocupa o conservador Bento 16. Em novembro de 2005, o Vaticano aprovou uma instrução que fecharia as portas para os gays. Segundo ela, a Igreja não pode admitir ao seminário quem pratique atos homossexuais, que apresentem “tendências homossexuais profundamente arraigadas” ou que apóiem a cultura gay. E quem tiver tendências homossexuais “transitórias” precisa superá-las 3 anos antes de ser ordenado.
E o que dizer de padres homossexuais que seguem à risca o celibato? Eles existem, claro, assim como existem padres heterossexuais que seguem à risca o celibato. Mas seriam eles pecadores? Não necessariamente. O catecismo católico diz, por um lado, que atos homossexuais não podem ser aprovados em caso algum, pois a Sagrada Escritura os apresenta como pecados graves. Seriam “intrinsecamente desordenados”. Por outro, o catecismo afirma que pessoas com tedências homossexuais devem ser acolhidas com respeito e delicadeza, sem qualquer traço de discriminação.
Segundo o padre Edênio Valle em seu artigo A Igreja Católica ante a Homossexualidade, quase todos os estudiosos católicos de hoje concordam que atração pelo mesmo sexo não é uma opção, mas, sim, algo imposto pelo destino, assim como nascer homem ou mulher. Logo, não é uma questão moral nem há lugar para a culpa – ninguém é bom ou mau por ter sentimentos que não pode afastar de si. O pecado estaria na aceitação dos atos homossexuais. E não nos gays em si.
Que o diga o próprio Vaticano: um artigo da revista americana Newsweek conta que, segundo alguns funcionários da Santa Sé, a sede da Igreja teria uma comunidade gay “underground”. Como não sobreviveriam em suas paróquias, muitos padres homossexuais teriam sido levados para o Vaticano, onde receberiam alguma função burocrática.
Foi à sombra da Basílica de São Pedro, aliás, que aconteceu um dos maiores escândalos dos últimos tempos envolvendo homossexualidade na Igreja. Em outubro, o monsenhor Tommaso Stenico, alto funcionário da Congregação para o Clero, convidou um jovem que ele tinha conhecido num chat sadomasoquista na internet para uma visita a seu escritório, em pleno Vaticano. O que ele não sabia era que o rapaz estava fazendo uma reportagem sobre a vida sexual de sacerdotes para uma rede de TV. E que tinha entrado em sua sala com uma câmera escondida.
Stenico pergunta “Você gosta de mim?” e elogia a beleza do jovem. Quando vê que o bote do monsenhor é iminente, o repórter à paisana dispara: “Mas isso não seria um pecado aos olhos da Igreja?” Stenico diz que não. Depois se enche das recusas do rapaz e o leva embora. Não sem antes dizer “Você é muito gostoso...”
O programa não identificou o monsenhor. Mas os superiores dele reconheceram o escritório. E o Vaticano suspendeu-o imediatamente. Para se defender, Stenico disse que se fazia de gay para ajuntar informações sobre pessoas envolvidas num complô para seduzir padres à homossexualidade e desacreditar a Igreja.
Abusos contra mulheres
Os escândalos de sacerdotes gays e pedófilos chamam mais a atenção da imprensa, por motivos óbvios. Mas também há casos de abuso por parte de padres héteros.
Uma compilação deles está no estudo Desvelando a Política do Silêncio: Abuso Sexual de Mulheres por Padres no Brasil, da socióloga Regina Soares Jurkewicz. Seu conteúdo é tão explosivo que, após dar entrevista a uma revista, foi demitida do Instituto de Teologia da diocese de Santo André, SP, onde trabalhou por 8 anos.
Jurkewicz analisou 21 casos de abuso sexual contra mulheres por clérigos entre 1994 e 2002 – 17 deles envolvendo meninas entre 9 e 16 anos. Chegou à conclusão de que abusadores escolhem mulheres pobres, com dificuldade de se expressar, sem consciência de direitos e com vida considerada moralmente “dúbia” – em outras palavras, pegam aquelas menos prováveis a denunciá-los e com menos credibilidade caso o façam.
O estudo diz que, enquanto a cúpula da Igreja mantém-se silenciosa, preocupada em saber se o clérigo está disposto a pedir perdão a Deus e, principalmente, em manter a imagem da instituição, as comunidades em que ocorrem denúncias de abuso sexual por parte de seus padres “oscila entre compreendê-los, aceitar seu comportamento, duvidar das denunciantes e até responsabilizá-las – afinal, podem ter seduzido o sacerdote, um homem celibatário por definição”.
A conclusão de Jurkewicz é que as práticas ilegais masculinas são toleradas pelas comunidades e pronto. Mesmo que feitas por padres. E cita o caso de um sacerdote flagrado como cliente de uma rede de prostituição juvenil desmantelada pela polícia. Nesse caso, um fazendeiro defendeu o padre, seu amigo, e debochou: “Que mandem um padre bicha para a cidade para acabar com o problema”.
Não são só os amigos que ajudam. Sempre que algum sacerdote está metido em confusão existe a pecha de que a Igreja o protege da Justiça. Mas até que ponto isso é verdade?
E o Vaticano?
Seria absurdo dizer que o catolicismo apóia abusos sexuais. O direito canônico, isto é, a lei da Igreja Católica, coloca os pecados dessa estirpe entre os mais sérios, junto com o homicídio. No entanto, a cúpula da Igreja parte do pressuposto de que só ela deve julgar os pecados cometidos por seu clero, e isso dificulta que os crimes sexuais sejam levados à Justiça. “A responsabilidade sobre o padre [acusado de má conduta sexual] é do bispo da diocese a que ele pertence”, diz o padre Geraldo Martins, assessor de comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Em casos graves, o padre é expulso da Igreja.
Em 1962, o papa João 23 teria enviado a bispos e arcebispos do mundo todo um documento secreto chamado Crimen Sollicitationis. Ele instruía os chefes da Igreja a lidar com padres que abusaram de crianças e impunha um alto grau de segredo a todos os envolvidos nesses casos. A pena para quem abrisse a boca era a excomunhão automática – incluindo as testemunhas e os acusadores.
Em Crimen Sollicitationis, se a acusação fosse considerada infundada, todos os documentos com essa acusação deveriam ser destruídos. Se houvesse alguma prova vaga, o caso seria arquivado até a chegada de uma evidência contundente de fato. Já se a prova fosse forte, mas insuficiente, o acusado levaria uma advertência e o processo seria mantido sob observação. Caso a prova fosse definitiva, o acusado seria levado a um julgamento dentro da Igreja.
Em 2001, o papa João Paulo 2o publicou o Sacramentorum Sanctitatis Tutela, esboçando novas normas para graves ofensas. Em seguida, a Congregação para a Doutrina da Fé discutiu e explicou essas normas numa carta a todos os chefes religiosos do mundo, assinada pelo então cardeal Joseph Ratzinger, hoje Bento 16.
Segundo essa carta, a Congregação, no Vaticano, continuaria a ter competência exclusiva em relação a certas ofensas graves – entre elas, as ofensas sexuais com menores de 18 anos.
Mas, apesar da exposição cada vez maior na mídia, os crimes sexuais estão diminuindo. Essa é mais uma das conclusões do Relatório John Jay. Ele mostra que padres ordenados na década de 1960, por exemplo, cometeram 25,3% dos abusos sexuais contra crianças entre 1950 e 2002. Os que entraram para a Igreja nos anos 70 respondem por 19,6%. E a queda continua. Só 8,4% dos crimes são obra de padres ordenados nos 80. Os mais jovens, que entraram de 1990 em diante, formam apenas 2,3% do total.
Mas o que explica essa queda?
Paz na terra
Um dos motivos para a melhora está nos programas de tratamento de desordens psicossexuais de clérigos. Até os anos 50, a atividade sexual do padre era vista como um problema exclusivamente moral ou espiritual, segundo Richard Sipe. Homossexualidade e pedofilia eram “tratados” apenas com a transferência de paróquia ou com “renovações espirituais”.
Depois, passaram do campo somente moral e espiritual para o científico. Finalmente, foi reconhecida sua dimensão psicológica. Em 1976, a congregação religiosa americana Serventes do Paracleto abriu o primeiro programa para tratamento de desordens psicossexuais, o que incluía abuso de menores. O tratamento ficou tão high-tech que padres que não respondem à terapia convencional recebem uma castração química com o medicamento Depo-Provera, que diminui os níveis de testosterona e, conseqüentemente, a libido em homens. Ironicamente, o Depo-Provera é um anticoncepcional, tão combatido pela Igreja Católica.
No Brasil, o mais importante centro de tratamento de padres é o Instituto Terapêutico Acolher, presidido pelo padre. Edênio Valle, professor de psicologia da religião da PUC-SP. De acordo com Eliana Massih, existe uma grande preocupação da Igreja Católica sobre sexualidade e desvios de conduta associados. Além da assessoria de psicólogos, há a publicação de artigos sobre sexualidade em periódicos como a Revista Eclesiástica Brasileira, com circulação entre o clero.
Mas a Igreja consegue mesmo garantir que seminaristas escolham a vida sacerdotal como algo bom para si, em vez de uma fuga de sua sexualidade? “Não completamente. Mas em grande parte sim”, diz Massih. Hoje, a Igreja faz uma “operação pente-fino” antes de admitir um seminarista, com uma sabatinada de avaliações psicológicas.
Outro ponto que ajuda é a própria conscientização dos clérigos para não deixar que crimes de seus colegas passem em branco. “Hoje, qualquer padre responsável e consciente de seus deveres toma as medidas necessárias segundo a lei”, diz o padre Edênio.
Segundo a lei e segundo a própria fé cristã, que reza: não faça ao outro aquilo que não quer que façam com você.
Aconteceu em Mariana (MG). O padre Bonifácio Buzzi, na época com 41 anos, foi denunciado e preso por levar um garoto de 11 anos à beira de um rio “para pescar” – na verdade, ele passou um longo tempo fazendo sexo oral na criança e tentou comprar-lhe o silêncio com R$ 5. Foi a 2a denúncia contra o padre – 13 anos antes, ele teria molestado um menino de 5 anos e outro de 11.
Causo de pescador - Abril de 2002
Em São João do Triunfo (PR), o padre Jacinto César Parachuk, na época com 35 anos, foi preso em flagrante por molestar um garoto de 14 anos. Ao depor, o menino disse ter sido atraído por uma oferta de R$ 10 para cortar grama. Dois anos antes, outra acusação de abuso havia provocado a expulsão do padre do quartel do Exército em Uruguaiana, RS, onde foi capelão.
Dose dupla - Maio de 2003
Diretor de uma casa de assistência na região de Sorocaba (SP), o padre Alfieri Eduardo Bompani, de 62 anos, abusou de 13 crianças entre 6 e 10 anos. Ele chegou a registrar os casos em uma pasta de seu computador chamada “Contos Homossexuais”. Em 2003, foi condenado a 93 anos de prisão. A Igreja Católica terá de desembolsar R$ 3,2 milhões em indenizações às vítimas.
Diário macabro - Agosto de 2006
Uma câmera de celular flagrou o padre Sebastião Braga fazendo sexo com um garoto de 11 anos na casa paroquial de Comendador Gomes, MG. O padre, acusado de abusar sexualmente de 6 garotos, confessou os crimes e disse ter feito tudo inconscientemente. Ao deporem, duas crianças contaram que o padre pagava às vítimas de R$ 10 a R$ 80.
No celular - Dezembro de 2006
O padre Djalma Brito Mota, de Ichu, BA, foi sentenciado a 7 anos e 7 meses de prisão por corromper adolescentes em 2005 e 2006. Em 2005, levou o adolescente J.N.S. para fazer um exame oftalmológico em Feira de Santana. Na volta, trocou carícias com ele. Um dia depois, pagou R$ 10 para que o garoto e um amigo participassem de uma pequena orgia na casa paroquial.
De olhos abertos - Outubro de 2007
Na época com 40 anos, o padre Paulo Sérgio Maria Barbosa foi flagrado com um adolescente de 14 anos dentro de um Gol, num canavial em Corumbataí (interior de SP). No carro havia 48 fotos de meninos, camisinhas e uma revista com capa sobre pedofilia. Dom Eduardo Koaik, bispo de Piracicaba, levantou a suspeita de armação. “O padre é respeitoso com todas as pessoas”, afirmou.
No carnaval - Maio de 2002
Foi na frente de um drive-in em Marília (SP) que o pai de duas meninas, de 15 e 16, surpreendeu José Balikian. O padre se relacionava com as duas havia um ano e meio. Foi preso após o pai apresentar 150 e-mails enviados pelo religioso às garotas.
No Drive-in - Junho de 2005
www.bishop-accountability.org
Ong que documenta abusos sexuais por parte de padres.
www.usccb.org/nrb/johnjaystudy
Íntegra do Relatório John Jay, sobre pedofilia na Igreja.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

As mais elegantes do ano de 2008...



A revista american "HELLO" fez uma pesquisa para descobrir as celebridades mais elegantes do ano de 2008.
Madonna ganhou o primeiro lugar.
Esta escrito na revista algo assim: "A Rainha da Invensão continua a fascinar com suas diferenciadas formas de se vestir. Principalmente seus acessórios... O preto básico ainda é o seu melhor...".
Aqui vai a lista:

1 - Madonna
2 - Sarah Michelle Gellar
3 - Princesa Mary
4 - Satsuki Mitchell
5 - Kylie Minogue
6 - Kate Winslet
7 - Nicole Kidman
8 - Cate Blanchett
9 - Beyonce
10 - Princesa Marie
11 - Helen Mirren
12 - Jennifer López

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Castelos (Shiro) do Japão

Curiosidades da Cultura Japonesa...

Os castelos têm uma longa história no Japão, tanto que a palavra correspondente em japonês, shiro, já foi mencionada no ano 720 na obra Nohon Shoki (Crônicas do Japão), o primeiro relato da história daquele país. Como em outros países, os castelos no Japão forma constituídos com duas finalidades principais.

A primeira foi para fins de defesa: senhores feudais construíam fortalezas onde pudessem se retirar durante um ataque. O segundo objetivo de um castelo era pura ostentação: uma forma de um senhor feudal exibir riqueza e poder. Durante o período de guerra entre senhores feudais pela disputa de territórios, literalmente centenas de castelos foram erguidos em todo o Japão. Para proteger os territórios que ocupavam, os senhores feudais passaram a construir castelos cada vez maiores e mais complexos.
O primeiro dessa geração de castelos mais fortificados foi o Azuchi_jô, construído por Oda Nobunaga, em 1576. De simples fortaleza militar, os castelos foram se tornando centros administrativos e passaram a atrair moradores em volta. A construção de castelos levou ao desenvolvimento de muitas das grandes cidades do Japão de hoje, inclusive Tóquio.
O período de guerra chegou ao fim em 1615, quando Tokugawa leyasu unificou o país sob um só governo. Com isso, a importância dos castelos diminuiu, mas eles se mantiveram como símbolos de autoridade. Com a restauração Meiji, em 1868, o novo regime adotou uma lei determinando a demolição das indesejáveis relíquias do feudalismo.
Até 1875, foram desmantelados mais de 2/3 dos 170 castelos que havia no Período Edo. Depois disso, outros castelos forma destruídos por incêndio, terremotos e durante a Segunda Guerra. Por outro lado, o renovado interesse pela história e pela preservação da memória levou à restauração de muitos antigos castelos. Hoje, 37 castelos no país são protegidos pelo governo como "importantes propriedades culturais" ou "tesouros nacionais". Eles viraram centros de turismo, embora poucos tenham partes originais dos antigos castelos.





quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Teste de vista

Faça esse teste e veja se você está bem de vista.
Se não estive começe o tratamento urgente, é bommmm, eu ja to me tratando rs...

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Algumas fotos nossas...

Para quem quiser nos conhecer, aqui vão algumas fotinhas dos "cachorros"... rs

Crianças

Uma Mãe para o Meu Bebê (Baby Mama, 2008)



Uma Mãe para o Meu Bebê
(Baby Mama, 2008)


» Direção: Michael McCullers
» Roteiro: Michael McCullers
» Gênero: Comédia/Romance
» Origem: Estados Unidos
» Duração: 99 minutos
» Tipo: Longa
» Trailer: clique aqui
» Site: clique aqui
» Sinopse: Kate Holbrook é uma bem-sucedida mulher de negócios que a vida toda dedicou-se ao trabalho. Agora chegou aos 37 anos de idade e passou a sonhar com uma gravidez. O problema é que ela descobre que é infértil. Decida, contrata a jovem Angie Ostrowiski para ser sua "barriga de aluguel". Assim que a moça engravida, Kate começa a decorar o quarto do bebê, ler livros sobre crianças e a pesquisar a melhor escola. Só que um dia Angie aparece na casa de Kate dizendo que não tem onde morar. Cria-se uma guerra de nervos entre as duas, mas também surgem grandes descobertas sobre o sentido real de família.
» Elenco ::.
- Ator/Atriz Personagem

- Amy Poehler clique para ver o perfil Angie Ostrowiski

- Tina Fey Kate Holbrook

- Greg Kinnear clique para ver o perfil Rob Ackerman

- Dax Shepard clique para ver o perfil Carl Loomis

- Romany Malco Oscar

- Sigourney Weaver clique para ver o perfil Chaffee Bicknell

- Steve Martin clique para ver o perfil Barry

- Maura Tierney Caroline

- Stephen Mailer Dan

- Holland Taylor Rose Holbrook

- James Rebhorn Juiz

- Denis O'Hare Dr. Manheim

Não o considerei um super filme de comédia, mas é algo leve e gostoso de se assistir.
É um projeto que diverte e já merece uma recomendação seja mesmo apenas pelas duas atrizes principais, muito divertidas.

A automática presença das duas atrizes conhecidas pelo talento de improvisação inevitavelmente ofereceu uma virtude a mais ao filme, ou várias, por esse motivo.
A química entre ambas se garante e, sempre, podemos notar que certos diálogos (muito bons) pertencem exclusivamente a elas.
Tenha certeza que irá dar boas risadas ao assistí-lo!!!
Bom filme!!!
Abraxos.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Registro de Animal Doméstico e Vacina Anti-Rábica



Com o prolongamento da estadia, muitos estão fixando moradia aqui no arquipélago, incluindo como membro de suas famílias, animais domésticos como cães e gatos. Saiba um pouco sobre os trâmites, antes de procurar o seu amigo fiel. Lembre-se: ele também precisa de atenção, carinho, além de cuidados com a saúde e alimentação.
Os custos com o veterinário, serão totalmente de responsabilidade do proprietário.

P. Ultimamente, muitos de meus amigos têm adquirido animais de estimação. Os gatos não necessitam de registro nem de vacina. Por que só os cachorros são obrigados a registrar e a tomar a vacina? Gostaria de saber o motivo e os procedimentos a serem tomados.
R. A raiva é uma doença que causa encefalite nos homens e nos animais mamíferos. A regulamentação da vacinação dos cães se deve à mais de 90% das pessoas afetadas pela raiva, serem transmitidas pelos cães.
No Japão, os proprietários de cães com mais de 91 dias de vida, devem no prazo de até 30 dias, registrar nos postos de saúdes das subprefeituras onde reside e receber a plaqueta com o número do registro.
A vacinação anti-rábica, obrigatória uma vez ao ano, poderá ser efetuada nas clínicas veterinárias ou nos postos de vacinação conjunta anti-rábica.
Para mais informações, consulte o Kenko Fukushikyoku Shokuhin Eiseika (Setor de Saúde e Bem-Estar Divisão de Alimentos e Saneamento) ou o Hokenjo Seikatsu Kankyoka (Setor de Saúde Pública Divisão de Proteção Ambiental dos Postos de Saúde).

Pergunta: Gostaria de saber os procedimentos necessários para poder levar o meu animal de estimação (cão, gato) para o Brasil, quando do meu retorno.
Resposta: Para levar um animal para o exterior, deverá cumprir as condições exigidas pelo Japão e pelo país de entrada do animal. Para sair do Japão, deverá passar pelo exame de sanidade no “Dobutsu Ken-ekijo” (Departamento de Quarentena de Animais) (no caso de cães, raiva (Kyoukenbyou) e leptospirose (Leputosupira-shou)). Para efetuar o exame, deverá entrar em contato antecipadamente até 7 dias antes e apresentar a solicitação de inspeção para exportação. Poderá efetuar download do formulario de solicitação no site http://www.maff.go.jp/aqs/animal/aq12-1.html. Apresente o atestado médico (kenko shindansho) de seu veterinário.
Passando na inspeção do Departamento de Quarentena, receberá a Autorização para Embarque (Yushutsu Ken-eki Shomeisho) que deverá ser reconhecido pelo Ministério das Relações Exteriores do Japão e posteriormente pelo Consulado Geral do Brasil.
Como esses trâmites são demorados, procure providenciar com pelo menos 1 mês de antecedência.
Poderá encontrar informações detalhadas sobre os trâmites, no site do Consulado Geral do Brasil de Nagoya, http://www.consuladonagoya.org/cgnagoya/index.php.
Lembrando que não basta fazer os trâmites acima citados, deverá efetuar reserva antecipada e obter autorização prévia com a companhia aérea a qual pretende viajar. Verifique junto à companhia aérea ou o seu agente de viagem para obter informações de como transportar o animal.
Caso não possa levar o animal consigo, quando do retorno ao seu país, procure alguém que possa ficar com o mesmo. Em último caso, quando não conseguir encontrar ninguém, procure os postos de saúde ou os centros de proteção de animais. Só serão tomados procedimentos para abdicação de propriedade, caso o posto de saúde ou o centro de proteção de animais considerar justo o motivo do abandono do animal.
O animal será um membro de sua família. Pense bem antes de adquirílo!