domingo, 25 de outubro de 2009

Banho dos americanos é cheio de bactérias


Um estudo realizado em sete estados americanos mostrou níveis preocupantes de bactérias patogênicas em chuveiros.

O que deveria ser um momento relaxante e higiênico pode ser também um perigo para a saúde. De acordo com pesquisa realizada pela Universidade do Colorado em Boulder, cerca de 30% dos chuveiros analisados apresentavam níveis significativamente altos da bactéria Mycobacterium avium, ligada a doenças pulmonares.

Os dados foram obtidos a partir da análise de mais de 50 chuveiros de nove cidades como Nova York, Chicago e Denver. No início da pesquisa, a equipe testou aparelhos de cidades menores, nas quais a maioria das casas utiliza água de poços no lugar da fornecida pelo encanamento municipal. Nestes locais, os níveis de bactérias patogênicas eram bastante baixos e não preocuparam os pesquisadores.

Porém, nas cidades com água distribuída pelo município, a bactéria M. avium e outros microorganismos estavam aglomerados em pequenos biofilmes que se prendiam dentro do chuveiro a uma concentração 100 vezes maior que a encontrada nos reservatórios de água locais.

Utilizando uma técnica de amplificação de DNA, os pesquisadores conseguiram determinar a sequência genética das amostras coletadas e, assim, distinguir os diferentes agentes aglomerados nos chuveiros.

Segundo os pesquisadores, a bactéria M. avium representa um perigo maior para pessoas com sistema imunológico enfraquecido. No entanto, eles ressaltam que entrar no chuveiro assim que ele for ligado pode não ser uma boa ideia mesmo para pessoas bem de saúde, já que a atitude fará com que os habitantes dessas casas recebam uma dose bastante alta de microorganismos na cara – talvez fosse melhor evitar esses primeiros jatos inicias de água.

Outro dado constatado é que os chuveiros plásticos tendem a acumular mais biofilmes de bactérias que chuveiros metálicos. Apesar dos dados serem referentes a um número limitado de cidades apenas nos Estados Unidos, fica a dica.

O estudo foi publicado online na Proceedings of the National Academy of Sciences.

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