sábado, 29 de maio de 2010

Tatuagem para diabéticos detecta glicose


Uma tinta e um visor especiais produzidos no Massachusetts Institute of technology poderão dar origem a um sistema que usa tatuagem para medir níveis de glicose.

O objetivo dos pesquisadores é facilitar as medições diárias que pessoas diabéticas têm que fazer – e evitar as freqüentes picadinhas no dedo para retirar amostras de sangue.

A tatuagem de nanopartículas está sendo criada pelo pesquisador Paul Barone e o professor Michael Strano, do Departamento de Engenharia Química do MIT. O material detecta glicose e foi feito para ser injetado sob a pele.

A tinta seria incolor e emite uma fluorescência captada por um aparelho parecido com um relógio de pulso, usado sobre a tatuagem para mostrar os níveis de glicose do paciente.

Tinta mágica

A tecnologia que deu origem á pesquisa foi publicada na ACS Nano, e é bastante diferente dos sensores já existente. Neste caso, ele é baseado em nanotubos de carbono embrulhados em um polímero sensível a concentrações de glicose.

Em contato com o açúcar, o nanotubo fica fluorescente e pode ser detectado ao ser exposto a uma luz de frequência próxima ao infravermelho. Medir a concentração de fluorescente revela o nível de glicose.

Com essa tecnologia de nanopartículas, os pesquisadores pretendem criar uma tinta suspensa em uma solução salina e que poderia ser injetada sob a pele - como uma tatuagem. Ela duraria por um tempo específico, provavelmente seis meses, antes de precisar de retoques.

Para ler a glicose, o paciente usaria um monitor que emite luz de freqüência próxima ao infravermelho e detecta o fluorescente. Diferentemente de outras moléculas fluorescentes, os nanotubos de carbono não são destruídos com a luz, o que significa que o sensor poderia fornecer uma leitura constante, durante 24 horas.

Atualmente, a dupla de pesquisadores trabalha desenvolvendo a tecnologia e o monitor e aperfeiçoando a detecção de glicose.

Em breve devem começar a ser feitos testes em animais, mas a comercialização do produto ainda deve levar alguns anos.

Fonte: http://info.abril.com.br

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