quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Plantas que curam: BABOSA - Aloe socotrina


Descrição : Arbusto perene de folhas verdes, lisas dentadas e carnosas, que possuem flores amarelo-esverdeadas, reunidas em cachos. Também conhecida como aloé, alóe-candelabro, babosa-de-arbusto, erva-babosa, erva de azebra, caraguatá, caraguatá-de-jardim.

Propriedades : Vulnerária, anti-helmíntica, resolutiva, cicatrizante, emoliente.

Indicações : Para uso interno, não é recomendável o seu uso, apesar de possuir propriedades tônicas do aparelho digestivo. Para uso externo, o suco das folhas é emoliente e resolutivo, quando usadas topicamente sobre inflamações, queimaduras, eczemas, erisipelas, queda de cabelo, etc. A polpa é antioftálmica, vulnerária e vermífuga(uso interno).

Principios Ativos :

ácido aloético; ácido cinâmico; ácido crisofânico; ácido gálico; ácido glucorônico; ácido pécrico; aloeferon; aloetina; aloína; alquilodina; antrocena; antronol; antroquinonas; barbalodina; barboloína; capilarina; carboidratos; emodina; enzimas; éster de ácido cinâmico; isobasboloína; lignina; mucilagens; óleos etéreos; óleo essencial; oxidase; princípios amargos; resinas; risistonóis; saponinas; taninos;
- aminoácidos essenciais (lisina leucina, treonina isoleucina, valina fenilalanina e metionina triptofano);
- aminoácidos secundários (histidina serina, arginina prolina, hidroxiprolina, glicerina, pacido aspártico alonina, ácido glutômico, cistina e tirosina);
- esteróides (amilase, catalase, lípase e alinase);
- minerais (cálcio potássio; magnésio; zinco; sódio, crômio, cobre, cloro; ferro, manganês);
- mono e polissacarídeo (celulose aldopentose, glicose ramnose, manose ácido urônico, galactose xilose e arabinose, ácido glucorônico);
- vitaminas [(betacaroteno (pró-vitamina A), Vit. B6 (piridoxina), Vit. B1 (tiamina), ácido fólico, Vit. B2 (riboflavina), colina, Vit. B3, Vit. E (alfa tocoferol) e Vit. C (ácido Ascórbico)];

Uso interno: (por períodos curtos: máximo de 8 a 10 dias).
- folhas maceradas, adocicadas: bronquite, tuberculose pulmonar.
- pó (0,05 a 0,20g): estomáquico, colagogo, tônico eupéptica, laxativo e anti-helmíntico.
- pó (0,1 a 0,6g) ou tintura (1,5 a 2,5ml): purgativo, emenagogo. Dividir em várias doses. Dose máxima: 0,5 g por dose, 1,5 g por dia.
- extrato seco: 0,15 g por dose como laxativo.
- tintura: 20gotas, 15 minutos antes das refeições como estomáquico.
- polpa macerada em mel por 10 dias: tuberculose pulmonar incipiente. Pode-se misturá-la com óleo de oliva ou amêndoas doces.
- receita do Frei Romano Zago (Editora Vozes):
"três ou quatro folhas de babosa (sem os espinhos e não lavadas, apenas limpas com um pano), meio quilo de mel e quatro colheres de cachaça (pode ser uísque, tequila, grappa ou conhaque), bater no liquidificador." Não usar plantas que tenham recebido aplicações de venenos ou que tenham ficado expostas à poluição (beira de estradas, etc.), que esteja em flor. Tomar uma colher de sopa tres vezes por dia.

Uso externo:
- gel mucilaginoso fresco: contra queimaduras, abrasões, irritações da pele, pequenos ferimentos.
- xampus para cabelos secos e anticaspa, sabonetes, cremes e loções faciais, máscaras de beleza, bronzeadores, produtos após sol para o corpo, lábios, olhos e mãos. Produtos infantis, para peles sensíveis e delicadas: até 30% de gel fresco.
- pó em talcos, sais de banho, sabonetes e detergentes.
- compressa da folha bem lavada, sem espinhos, batida no liquidificador, à temperatura ambiente: coloca-se em uma compressa de gaze e aplica-se sobre a área afetada por cerca de 30 minutos, duas vezes por dia. Permanecer em repouso durante as aplicações.
- supositório da mucilagem (parte transparente): hemorróida.
- sumo: anticaspa, antifúngico, antibacteriano, cicatrizante, repelente, glaucoma, queimaduras (fogo ou raios solares); acne, coceiras, eczemas, erisipela, ferimentos difíceis de cicatrizar e picadas de insetos; como fitocosmético (desodorante, removedor de impurezas da pele, fortalecedor do couro cabeludo, combater a caspa, previnir rugas, hidratar peles ressecadas e flácidas, após a barba (suavizante para a pele).

Toxicologia : seu uso interno para crianças, mulheres grávidas, que amamentam, no período da menstruação (provoca congestionamento dos órgãos pélvicos), com inflamações uterinas e ovarianas, predisposição ao aborto, também para aqueles que sofrem de hemorróidas, fissuras anais, cálculos da bexiga, varizes, afecções renais, enterocolites, apendicites, prostatites, cistites, disenterias, nas nefritese.
Ter cautela no uso interno, pois em doses acima do normal podem provocar nefrites.
O uso externo deve ser preferido.
O uso externo da polpa ocasionalmente pode ressecar excessivamente a pele, neste caso é também contra-indicada para tratamento de doenças cutâneas. Ocasionalmente dores abdominais, fortes diarréias (que os defensores do uso afirmam ser o “efeito limpeza”) e, em doses elevadas, pode causar inflamação nos rins.
O uso interno prolongado provoca hipocalemia, diminui a sensibilidade do intestino, necessitando aumento gradativo da dose, ocasionando o surgimento de hemorróidas. Pode causar irritação dérmica e ocular, além de intoxicação aguda, podendo levar à morte. 8 g do pó pode até levar a morte.
Em doses elevadas podem ocorrer desmaios, hipotensão, hipotermia e nefrite.

Nenhum comentário:

Postar um comentário