quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Mediunidade é tema de evento realizado por espíritas em Gifu





O desconhecimento que muitas pessoas têm da mediunidade, faculdade que permite o contato com espíritos, tem sido motivo de muitos problemas no Japão. O caso de uma jovem japonesa de 15 anos é emblemático. ''Ela passou a incorporar espíritos e tanto ela quanto a família não sabiam como lidar com a situação'', disse Luis Carlos Okabayashi, dirigente do Núcleo Espírita Cristão (NEC), em palestra realizada sobre o tema domingo 12, em Toki (Gifu).


O encontro contou com a participação de grupos espíritas e de umbandistas de diversas regiões do Japão, além de interessados no tema, e foi realizado com o objetivo de lançar a revista filantrópica Saúde Espiritual, que tratará sobre esse tipo de assunto.

"Toda pessoa que sente a influência dos espíritos em algum grau é médium, segundo Allan Kardec (pseudônimo de Hippolyte Léon Denizard Rivail, que codificou o Espiritismo no final do século 19). Por isso, todos somos mais ou menos médiuns'', acrescentou Silva. E toda pessoa com problema mediúnico que chega a um centro espírita, por exemplo, recebe a ajuda de que necessita. ''Depois disso ela será esclarecida sobre o que está ocorrendo'', citou Davis Silva, responsável pelos cursos mediúnicos do NEC.

Mas no caso da jovem japonesa não houve tempo para esclarecimentos. Segundo Okabayashi, pelo fato de a família não entender o que estava ocorrendo, o problema foi parar nas mãos de um médico que, por também desconhecer a mediunidade, mandou internar a paciente por três meses em uma clínica com o diagnóstico de dupla personalidade. ''É por este e outros motivos que estamos realizando este encontro, com a proposta de entendermos melhor o que seja a mediunidade'', explicou Okabayashi.

Okabayashi explicou que quando uma pessoa está triste ou com raiva, ela está chamando os espíritos. ''E estes atendem. É uma questão de causa e efeito'', disse, lembrando que as pessoas acabam sendo responsáveis por atraírem para si tantos problemas. ''Deus não nos deu a mediunidade para salvarmos o mundo, mas para que o médium busque sua harmonia íntima, pois ela nos ajuda a dar os primeiros passos na nossa libertação do egoísmo, do orgulho'', ensinou.

Tanto Silva quanto Okabayashi frisaram a importância do estudo da mediunidade como solução ao problema. ''Nosso mundo está passando por um período de transição'', citou Silva, referindo-se a um novo ciclo no qual a Terra está entrando, chamado de Regeneração, citando que esta é uma fase que exigirá das pessoas um preparo melhor quanto à mediunidade. ''A época é de amadurecimento espiritual'', acrescentou Okabayashi.

O problema, conforme Okabayashi, é que o médium precisa estudar, mas precisa ainda mais ser forte para enfrentar toda sorte de antagonismo por parte de espíritos que não querem que as pessoas se instruam sobre mediunidade. ''O despertar do médium para a importância do estudo mediúnico hoje é uma questão de sobrevivência. É como ocorre com a pessoa lançada na água. Se não souber nadar, ela poderá se afogar'', exemplificou.

No encontro realizado em Toki, outros grupos deram seus depoimentos sobre as dificuldades e soluções encontradas para tornar o estudo mediúnico mais efetivo, como o Grupo Espírita Amigos da Luz, de Suzuka (Mie), e Comunhão Espírita Francisco Cândido Xavier, de Chiba, e umbandistas como o Núcleo Umbandista Cristão, de Toki, e o Centro Espírita de Umbanda Vó Dita, de Kariya (Aichi).

O evento também serviu para o lançamento da revista Saúde Espiritual, que divulgará artigos sobre mediunidade, reencarnação, obsessão entre outros assuntos relacionados. A revista não será nem espírita nem umbandista, segundo os organizadores do encontro, mas espiritualista.

Fonte: Alternativa Online

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